sábado, 18/05/2024
Banner animado
InícioNotíciasSaúdeRecém-nascida resiste depois de quase 7h enterrada

Recém-nascida resiste depois de quase 7h enterrada

Banner animado
CIA do 13º CR/ PM/MT

Enterrada viva pela família, a criança foi salva por policiais civis e militares que cavaram com as mãos o buraco onde ela estava no quintal da casa.

Eliana Bess | PM/MT

           Uma bebê recém nascida da etnia Tamayura foi enterrada viva no quintal da casa por volta das 14h de terça-feira (05) e salva por policiais militares e civis cerca de 7h depois. Eram 20h20 quando os policiais da 5º Companhia foram comunicados do fato, na cidade de Canarana, e se deslocaram ao local. A avó da criança mostrou o buraco, aos fundos da residência, ao lado de uma parede de madeira, onde os policiais começaram a cavar com as mãos, e para surpresa, logo ouviram o choro do bebê.

            “Nem a perícia que fica em Água Boa, acreditava. Primeiro era para localizar o corpo, depois acioná-los. Não dá para descrever a sensação ao começar cavar e ouvir o choro da criança. Deu um desespero para cavar ainda mais depressa, com as mãos, com cuidado. A bebezinha é tão pequenina, coube nas duas mãos. Tantas horas depois de enterrada, é um milagre”, relatou o major João Paulo Bezerra do Nascimento, comandante da 5º Companhia. Ele conta que ao se deslocar para o local, acionou imediatamente a equipe da polícia civil que também acompanhou.

A criança foi encaminhada para o hospital municipal e, após avaliação, foi encaminhada para o Hospital  Regional de Água Boa, com suspeita de duas fraturas na cabeça.

“Hoje (06.06) já tivemos notícias de que ela passa bem, só está com insuficiência respiratória. A mãe M.P.T., 15 anos, e a avó da criança, T.K., 33, foram detidas e estão em poder da Polícia Civil”, pontuou o major.  A mãe passou por avaliação médica antes de ir para PJC. O pai do bebê, K.K , (idade não revelada), também é suspeito. Ele não teria assumido a paternidade e já estaria morando em outra aldeia com outra índia.

Aos policiais, a avó disse que a bebê teria nascido morta, de um parto prematuro. Mas segundo avaliação médica, a criança não é prematura, e sim, de uma gestação normal.

O CASO

Segundo a denúncia, a indígena teria dado à luz  por volta do meio dia na terça-feira (05.06) e teria enterrado no terreno da residência onde a família mora. No local, a avó T.K. confirmou a autoria, pois, segundo ela, teria nascido morta por ser prematura. E não comunicou ninguém por ser costume da etnia.

Uma enfermeira da Casai (Casa de Saúde do Índio) ao assumir o expediente soube do caso e comunicou a polícia e o chefe do Casai. Em decorrência do tempo, o local foi isolado pela equipe policial e acionada a Polícia Judiciária Civil para o trabalho da perícia técnica. Foi solicitado para constatar o óbito. Ao escavar, como já foi descrito, todos ouviram o choro do bebê.

Pelo fato do pai não assumir a criança e a mãe ter apenas 15 anos, há suspeitas de que tenham tentado matar a recém-nascida.

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!
- Anúncio -
Banner animado

MAIS LIDAS

Comentários Recentes