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Ela foi acusada de poder atrapalhar as investigações por ser filha de José Riva
LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
A deputada estadual JanaÃna Riva (PSD) foi a primeira baixa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que irá investigar as denúncias envolvendo a obra do VeÃculo Leve sobre Trilhos (VLT).  JanaÃna, apesar de ter sido a parlamentar que fez a indicação pela CPI, com mais dois colegas, foi duramente criticada pelo deputado Pery Taborelli (PV), por fazer parte das investigações.
Segundo ele, JanaÃna “tem interesse na não criminalização de autoridades polÃticas deste Estado e sua presença pode prejudicar as investigaçõesâ€. A referência é ao fato do VLT ter sido bandeira do ex-deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), pai da parlamentar. Foi Riva um dos defensores da troca do modal de transporte de Cuiabá e Várze Grande, do Bus Rapid Transit (BRT) para o VLT.
Da tribuna, JanaÃna respondeu a Taborelli e disse que apenas queria fazer o papel dela como deputada.
No primeiro momento, JanaÃna não queria abrir mão da vaga, mas recuou logo em seguida cedendo lugar para o suplente Dilmar Dal Bosco (DEM). O substituto de JanaÃna, afirmou que ainda irá pensar sobre o assunto e defendeu a permanência da colega na CPI.
Caso JanaÃna não abrisse mão da vaga, o deputado Taborelli havia ameaçado entrar na Justiça para não permitir que ela participasse das investigações.
Na sessão de ontem (11) da Assembleia também ficou definido o relator da CPI, que será o deputado Mauro Savi (PMDB), mesmo partido do ex-governador Silval Barbosa. A comissão será presidida por Oscar Bezerra (PSB).
Entenda o caso
Em fevereiro, JanaÃna Riva, Oscar Bezerra (PSB) e Taborelli fizeram o requerimento para a instauração da CPI, que foi aprovado no dia 5 de março pelos deputados da Casa de Leis.
Apesar de ela ter sido uma das autoras do requerimento, o entendimento de parte dos parlamentares é que JanaÃna poderia interferir na condução das investigações para favorecer o grupo polÃtico do qual o pai dela pertencia.
A CPI irá investigar a obra mais cara da copa do mundo, orçada em R$ 1,4 bilhão e que já tem gasto desse valor a quantia de R$ 1,1 bilhão, com apenas 16% da obra finalizada.
Entre os investigados que deverão prestar depoimento na CPI estão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários que passaram pela secretária Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), além de membros do Consórcio VLT Cuiabá Várzea Grande.blogdoantero







