
Segundo a UFMT, estudantes mentiram ao declarar renda familiar. Expulsões ocorreram desde a implantação da polÃtica de cotas na UFMT.
       Três alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá, tiveram as matrÃculas canceladas após confirmação de fraude no sistema de cotas, segundo a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil da instituição. Os estudantes expulsos teriam mentido ao declarar renda familiar inferior a permitida para ser beneficiado com a vaga. Além deles, outros dois estudantes são investigados suspeitos de fraudarem a mesma declaração. Segundo a instituição, não há prazo para a conclusão do processo de investigação dos casos.
         De acordo com a pró-reitora de Assistência Estudantil, Erivã Garcia Velasco, o desligamento dos estudantes ocorreu desde que a polÃtica de cotas foi implementada na UFMT, em 2013. “Atualmente temos somente esses dois casos que são investigados pelos técnicos da instituiçãoâ€, explicou.
       A fraude, segundo Erivã, acontece na hora de entregar a documentação que comprova a renda familiar apontada pelo estudante na inscrição. “Esse cálculo, de quem recebe cota, é feito com base naquilo que o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) identifica como pretos, pardos e indÃgenas dentro da universidadeâ€, explicou Erivã.
Para a pró-reitora, o número de casos de fraudes e supostas fraudes é pequeno em relação a quantidade de alunos beneficiados pelo sistema de cotas. “Realmente é um número pequeno em relação à quilo que representa a polÃtica de cotas e a democratização do acesso à universidadeâ€, disse.
O processo de investigação, segundo Erivã, passa por técnicos da instituição que reavaliam os documentos comprobatórios apresentados pelos estudantes. “Comprovando que houveram fraudes, fica visÃvel que a pessoa tentou burlar o sistema para obter vantagem. Isso fere tudo aquilo que a polÃtica de cotas está destinadaâ€, declarou.
Ao ingressar na universidade dentro do sistema de cotas, o estudante tem acesso a benefÃcios estudantis como auxÃlio-moradia, auxÃlio-alimentação e auxÃlio-permanência.
Ainda segundo Erivã, ainda não há um prazo para que os dois processos de investigação sejam concluÃdos. “O que queremos é que haja uma celeridade nesses processso para, de fato, convocar o aluno que realmente se enquadra no recorteâ€, afirmou a pró-reitora.