Poema Luso.
Amei-Te um Dia…
Amei-te, desesperadamente,
sofrego de te sentir meu ser.
amei-te, mulher, no esplendor
total, da sua  exuberancia.
amei-te, menina, docemente,
abri-te como livro a reler.
te fiz cada estrofe com frescor
de  agua refrescante da vontade.
de ser esse homen de teu amor.
Amei-te sempre de alma exposta
aos perigos da perda sem futuro,
em avidezes quiça esgotantes,
Amei-te, louco, de coraçao.
amei no desprezo, sem resposta
– silêncio atroz – esbarrei no muro
de masmorras frias, sufocantes
de indiferença, sem compaixao,
sem lembranças nem consolo.
Amei-te mesmo nesse negar,
de ti para mim, acomodada,
de erros cometidos, de medos,
mentiras fúteis, promessas vas,
que teu ego teimou inventar.
amei-te,como  poeta sonhador,
respeitei-te na contemplaçao
de outras querelas tempoaes,
sofridas na conserva de outro amor.
Hoje? O Hoje nao existe mais;
nem os sonhos, nem os pesadelos,
felicidades ou mais venturas.
Finaramse os poemas de amantes,
que escrevi  para ti nas madrugadas,
O olhar nao chora, a boca sem ais,
e maos que nao se tocam em desvelos,
que a raiva consome em desventuras…
Amar? Hoje? Só como farsantes!
sozinho na distancia… desconhecido,
esquecido, navegndo na deriva,
sem  achar uma corda que me salve,
nem uma esperança  de ter um mais alá,
brigando cada dia com as ondas,
desejando sem rancor que sua vida,
passe por um lindo paraÃso
e tenha uma cadeira para gozar.