
Advogada foi presa ao acompanhar confecção de boletim de ocorrência. Segundo a PM, advogada foi detida por desobediência e desacato.
Do G1 MT
        Cerca de 100 advogados de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, realizaram na sexta-feira (11) um ato público de desagravo após uma colega ser presa ao acompanhar a confecção de um boletim de ocorrência na delegacia da PolÃcia Militar. Segundo o presidente da Subseção da Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB) naquele municÃpio, Leonardo da Mata, a prisão foi motivada por questões de raça e gênero, já que a advogada é negra.
     Por meio de nota, a PM informou que a advogada foi presa por desobediência e desacato e que nenhum policial envolvido na ação proferiu palavras que caracterizam injúria racial contra a advogada.
       Segundo a OAB, ao acompanhar a confecção de um boletim de ocorrência no 2º Batalhão da PM, naquela cidade, dois policiais solicitaram que a advogada se retirasse do local. Ela, no entanto, se identificou como sendo advogada e os policiais pediram um documento que comprovasse a formação.
       No momento em que ela apresentou o documento, os policiais informaram que incluÃram o nome da advogada no boletim de ocorrência. De acordo com a OAB, quando solicitou o documento de volta e tentou deixar o prédio a advogada foi presa e algemada de forma agressiva.
        “Ela foi agredida e algemada pelos policiais. Nossa suspeita é que eles tenham desconfiado que ela não era advogada por ser negra, mulher e estar usando roupas simplesâ€, disse Leonardo.
        Ainda segundo a OAB, durante processo que tramitou no Tribunal de Defesa de Prerrogativas (TDP) foi comprovada as ofensas à s prerrogativas da advogada no desempenho de suas funções, “inclusive de cunho racial e com emprego de força, uso de algema e ofensa à dignidade da pessoa humanaâ€, diz documento.