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AGU cobra R$ 432 milhões de infratores ambientais de MT e mais quatro Estados; as ações envolvem municípios do Nortão

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Outra ação de destaque envolve os responsáveis pela degradação de 3.500 hectares na terra indígena Kayabi, no município de Apiacás (MT)

A Advocacia-Geral da União (AGU) concluiu o ajuizamento de novas 20 ações civis públicas (ACPs) contra infratores ambientais dos biomas da Amazônia e do Cerrado. Ao todo, a AGU pede a recuperação de uma área de quase 19 mil hectares, além de mais de R$ 432 milhões em indenizações pelos danos causados ao meio ambiente e à coletividade.

As ações envolvem acusados de realizar desmatamento nos municípios de Aripuanã, Cláudia, Colniza, Marcelândia, Nova Bandeirante, Rondolândia, Nova Monte Verde, São José do Xingu, Juara, Canarana e Apiacás (Mato Grosso), Boca do Acre, Lábrea e Tapauá (Amazonas), Almas (Tocantins), Grajaú (Maranhão) e Formosa Rio Preto (Bahia).

Um dos casos deste novo lote de ajuizamentos envolve uma grande autuação realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em que se busca a reparação do dano ambiental cometido em mais de 1.700 hectares situados no Cerrado.

“Essa é uma das maiores ACPs do Ibama neste importante bioma, que é um dos mais importantes ‘hotspots’ de biodiversidade no planeta”, comentou a coordenadora-geral de Atuação Jurídica Estratégica da Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, Daniella Pinho. “A autuação ocorreu no município de Juara, no estado do Mato Grosso, realizada no ano de 2019, tendo o mapa produzido pelo Ibama demonstrado que, a despeito da medida de embargo da área ainda vigente, a área autuada continua sendo explorada”, completou.

Outra ação de destaque envolve os responsáveis pela degradação de 3.500 hectares na terra indígena Kayabi, no município de Apiacás (MT). Observou-se que os infratores continuavam a explorar a pecuária na região, apesar de a área se encontrar embargada pelo Ibama.

Das 20 novas ACPs ajuizadas nesta terça-feira (28.11), 18 se referem ao bioma da Amazônia e duas ao Cerrado. Em todas elas, a AGU pede a recuperação das áreas degradadas, o pagamento de danos morais coletivos, dos danos transitórios e residuais causados ao patrimônio ecológico, bem como o ressarcimento do proveito econômico obtido ilicitamente.

infratores ambientais Mato Grosso
Foto: Felipe Werneck/Ibama

AGU Recupera

Em junho, a AGU já havia ingressado com 765 ações judiciais contra infratores ambientais, sendo 28 ACPs buscando a responsabilização de desmatadores, além de 737 execuções fiscais, para cobrar multas ambientais aplicadas pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Em setembro, a AGU também ajuizou uma inédita ação civil pública pelos danos climáticos causados por um pecuarista que desmatou e queimou 5,6 mil hectares de Floresta Amazônica entre 2003 e 2016. No mesmo mês, ainda propôs duas ACPs contra desmatadores do Cerrado.

Da redação / Com AGU